terça-feira, 11 de abril de 2023

Vírus



OS vírus são acelulares e dependem exclussivamente do equipamento bioquímico da células vivas. Por isso, que eles são parasitas intracelulares obrigatórios.  Isto quer dizer se tiver algum vírus no ambiente e nesse período ele não entrar em contato com nenhuma célula viva a qual ele tenha afinidade, ele morre ou fica inerte até achar um hospedeiro. Porém, se ele conseguir encontrar uma célula que possa entrar com o processo de reprodução, começa então, o processo de enumeras cópias de si mesmo.


Os vírus são agentes infecciosos que consistem em material genético (DNA ou RNA) envolvido em uma capa protéica. Eles são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, pois precisam invadir células de outros organismos para se replicarem.

Os vírus não são considerados seres vivos, pois não possuem estruturas celulares completas e não são capazes de se reproduzir de forma independente. Eles dependem da maquinaria celular do hospedeiro para se replicarem, utilizando sua maquinaria de síntese de proteínas e replicação de DNA ou RNA.

Os vírus podem infectar uma ampla variedade de organismos, incluindo animais, plantas, bactérias e outros vírus. Eles podem causar doenças em seus hospedeiros, variando de doenças leves a graves, e podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, por meio de vetores, como insetos, ou por contato direto.

Os vírus são estudados na área da virologia, uma disciplina da microbiologia, e têm grande importância na medicina, agricultura e biotecnologia. A prevenção e o controle de doenças virais muitas vezes envolvem medidas de higiene, imunização e desenvolvimento de antivirais

  

Morfologia dos Vírus


A morfologia dos vírus pode variar dependendo do tipo de vírus e de sua classificação. No entanto, em geral, os vírus têm uma estrutura básica composta por:

  • Ácido nucleico: Os vírus podem conter DNA ou RNA como seu material genético, mas nunca ambos. O ácido nucleico viral carrega a informação genética necessária para a replicação do vírus.
  • Capsídeo: É uma cápsula protéica que envolve o ácido nucleico viral. O capsídeo pode ter várias formas, como esférica, helicoidal ou complexa, e é composto por subunidades de proteínas chamadas de capsômeros.
  • Envelope viral (opcional): Alguns vírus possuem um envelope lipídico que envolve o capsídeo. O envelope é derivado das membranas celulares do hospedeiro e pode conter proteínas virais importantes para a entrada do vírus nas células hospedeiras.
Além dessas estruturas básicas, alguns vírus podem ter outros componentes, como enzimas virais para a replicação do ácido nucleico ou proteínas de ancoragem para se ligarem às células hospedeiras.

A morfologia dos vírus é uma característica importante para a sua identificação e classificação, e pode ser observada por meio de técnicas de microscopia eletrônica, que permitem a visualização detalhada das estruturas virais.



Capa proteica - Capsídeo



A capa protéica dos vírus é chamada de capsídeo. O capsídeo é uma estrutura proteica que envolve o ácido nucleico viral, que pode ser DNA ou RNA, e é responsável por proteger o material genético do vírus e facilitar sua entrada nas células hospedeiras.

O capsídeo pode ter diferentes formas e tamanhos, dependendo do tipo de vírus. Existem três principais tipos de capsídeo:

Capsídeo icosaédrico: Tem uma forma geométrica regular, semelhante a um icosaedro, que é composto por um arranjo simétrico de subunidades proteicas. É o tipo de capsídeo mais comum e é encontrado em muitos vírus, como os adenovírus e os picornavírus.


Capsídeo helicoidal: Tem uma forma de hélice ou espiral, que envolve o ácido nucleico viral em seu interior. É encontrado em vírus como os da família dos paramixovírus e dos filovírus, que inclui o vírus Ebola.


Capsídeo complexo: Tem uma estrutura mais complexa, com formas variadas e várias camadas de proteínas. É encontrado em vírus como os da família dos poxvírus, que inclui o vírus da varíola.

Além do capsídeo, alguns vírus podem ter uma camada adicional de lipídios, chamada de envelope viral, que é derivada da membrana celular do hospedeiro. O envelope viral pode conter proteínas virais importantes para a entrada do vírus nas células hospedeiras e é uma característica importante para a identificação e classificação dos vírus.


TIPO DE VÍRUS
VIRUS DNA 🔛 ADENOVÍRUS E VIRUS DE RNA🔛 RETROVÍRUS



Os adenovírus são um grupo de vírus de DNA de cadeia dupla que pertencem à família Adenoviridae. Eles têm uma morfologia característica com um capsídeo icosaédrico composto por proteínas hexagonais e pentagonais, que envolve o seu DNA viral. Os adenovírus não possuem envelope viral e são resistentes a ambientes externos, o que lhes confere alta capacidade de sobrevivência fora do hospedeiro.

Os adenovírus são conhecidos por causarem uma variedade de infecções em humanos, incluindo infecções respiratórias, gastrointestinais, oculares e genitais. Além disso, eles são amplamente utilizados como vetores de transferência gênica em terapia gênica e em vacinas virais. A sua capacidade de transferir genes para células hospedeiras sem integrar o DNA viral ao genoma do hospedeiro faz deles uma ferramenta valiosa em pesquisas biotecnológicas e medicina.

Por outro lado, os retrovírus são um grupo de vírus de RNA de sentido positivo que pertencem à família Retroviridae. Eles possuem uma morfologia característica com um envelope viral composto por proteínas lipídicas e um capsídeo icosaédrico envolvendo o seu RNA viral. Ao contrário dos adenovírus, os retrovírus têm RNA como seu material genético e precisam converter o seu RNA em DNA para se replicarem nas células hospedeiras.

Os retrovírus são conhecidos por sua capacidade de integrar o seu DNA viral ao genoma das células hospedeiras, o que pode ter implicações significativas na regulação gênica e na evolução das células hospedeiras. Exemplos de retrovírus incluem o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa a AIDS, e o vírus da leucemia de células T humanas (HTLV), que está associado a certos tipos de câncer.

Em resumo, os adenovírus são um grupo de vírus de DNA que possuem um capsídeo icosaédrico, enquanto os retrovírus são um grupo de vírus de RNA que possuem envelope viral e precisam converter o seu RNA em DNA para se replicarem. Ambos os grupos de vírus são importantes patógenos humanos e são alvo de estudos científicos em diferentes áreas da pesquisa médica e biotecnológica.


Forma de Reprodução dos Vírus
Ciclo Lítico -  O ciclo de reprodução do vírus lítico, também conhecido como ciclo lítico, é um dos dois principais ciclos de reprodução dos vírus. O ciclo lítico é caracterizado pela replicação rápida do vírus dentro da célula hospedeira, resultando na lise (rompimento) da célula infectada e na liberação de novas partículas virais para infectar células vizinhas. A seguir estão os principais estágios do ciclo lítico:
  • Adsorção: O vírus se liga à superfície da célula hospedeira por meio de suas proteínas virais específicas, que se ligam a receptores na membrana celular da célula hospedeira.
  • Penetração: O vírus invade a célula hospedeira, geralmente por fusão com a membrana celular ou por endocitose, na qual o vírus é englobado em uma vesícula celular.
  • Replicação: O material genético do vírus é liberado no interior da célula hospedeira e é utilizado para produzir cópias do DNA ou RNA viral, dependendo do tipo de vírus. A célula hospedeira é forçada a usar seu próprio maquinário de replicação para sintetizar componentes virais.
  • Montagem: As novas partículas virais são montadas no interior da célula hospedeira, à medida que os componentes virais são combinados para formar partículas virais completas.
  • Lise celular: O número de partículas virais produzidas aumenta até que a célula hospedeira se rompa (lise), liberando as novas partículas virais para o ambiente circundante.
  • Liberação: As novas partículas virais liberadas estão prontas para infectar células vizinhas e reiniciar o ciclo de infecção.

O ciclo lítico é chamado de "lítico" devido à lise da célula hospedeira, resultando na destruição da célula. Esse ciclo é típico de muitos tipos de vírus bacteriófagos, que infectam bactérias, mas também pode ocorrer em alguns vírus que infectam células eucarióticas, como animais e plantas. O ciclo lítico é uma estratégia de reprodução eficiente para os vírus, pois permite a rápida produção de grandes quantidades de novas partículas virais para espalhar a infecção para outras células hospedeiras



Ciclo Lisogênico -  A reprodução de vírus lisogênicos, também conhecida como ciclo lisogênico ou ciclo de lisogenia, é um dos dois principais ciclos de reprodução dos vírus. Ao contrário do ciclo lítico, que resulta na lise da célula hospedeira e liberação imediata de novas partículas virais, o ciclo lisogênico é caracterizado pela integração do material genético do vírus ao genoma da célula hospedeira, formando um profago ou provírus, e a replicação do material genético viral juntamente com o da célula hospedeira durante as divisões celulares. A seguir estão os principais estágios do ciclo lisogênico:
  • Adsorção: O vírus se liga à superfície da célula hospedeira por meio de suas proteínas virais específicas, que se ligam a receptores na membrana celular da célula hospedeira.
  • Penetração: O vírus invade a célula hospedeira, geralmente por fusão com a membrana celular ou por endocitose, na qual o vírus é englobado em uma vesícula celular.
  • Integração: O material genético do vírus é inserido no genoma da célula hospedeira, formando um profago (no caso de vírus de DNA) ou provírus (no caso de retrovírus de RNA), que é uma forma latente do material genético viral incorporado ao genoma da célula hospedeira.
  • Replicação conjunta: Durante as divisões celulares subsequentes da célula hospedeira, o material genético viral é replicado juntamente com o DNA ou RNA da célula hospedeira, transmitindo assim o material genético viral para as células filhas.
  • Ativação: Sob certas condições, como estresse, dano celular ou outros estímulos, o profago ou provírus pode ser ativado e o ciclo lisogênico pode se converter em ciclo lítico, resultando na produção de novas partículas virais e lise da célula hospedeira, ou em alguns casos, a liberação do provírus em forma de partículas virais.

O ciclo lisogênico é uma estratégia de reprodução dos vírus em que o material genético viral é mantido no genoma da célula hospedeira por períodos prolongados, permitindo a replicação conjunta do material genético viral e da célula hospedeira. Esse tipo de reprodução é típico de alguns tipos de bacteriófagos, que infectam bactérias, e de alguns retrovírus, que infectam células de animais. A integração do material genético viral no genoma da célula hospedeira pode ter implicações na evolução dos organismos hospedeiros e na patogenicidade dos vírus.
























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